Vitais para a vida
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Difíceis de isolar,
provêm quase todas da China. São as terras raras, 17 elementos químicos
excecionais.
Apesar do seu nome,
nem são terras, nem são raras. São 17 integrantes da tabela periódica
relativamente abundantes (à exceção do promécio, que é radioativo) e que se
usam numa gama imensa de tecnologias: painéis solares, scanners de ressonância
magnética, discos rígidos, ecrãs de plasma, super-ímanes, motores, lasers. O
problema é que as terras raras estão muito dispersas e misturadas com outros
elementos: daí a dificuldade da sua exploração.
A China detém 97
por cento da produção mundial. No final de 2010, o país anunciou que iria
reduzir as exportações em 35%, com o objetivo de satisfazer a sua própria
procura interna. A resposta da indústria internacional foi redobrar a procura
de alternativas. Por exemplo, os fabricantes de automóveis elétricos estão a tentar
substituir as terras raras por outros materiais, embora estes aumentem o peso
dos veículos. Por outro lado, em julho, foram encontrados depósitos imensos no
fundo do oceano Pacífico, perto do Hawai e do Taiti, o que poderá acabar com o
quase monopólio chinês.